Ritmo
e cor; calor e emoção do folclore brasileiro mesclam-se
com ramos de flores e árvores em flor de primavera
européia. Aliam-se em uma unidade de expressão da
personalidade da artista, porque ela precisa fazer
afirmações pessoais sobre a vida. A qualidade da dança nos
quadros figurativos é vigorosamente marcante. As figuras
participam de um bailado, em que muitos movimentos são
combinados instantaneamente e o instante é o momento em
que o espectador contempla a cena e compreende a sua
significação. Não se trata de uma arte literária. Não é
preciso parar e meditar, porque seu impacto vai mais fundo
do que a mera cogitação. É pintura que sai do coração. Se
o coração canta nas cores cálidas, tanto melhor para o
espectador e tanto mais feliz é o artista.
A
apresentação na Galeria Stephen Maltz é excelente; os quadros estão bem
espaçados e pode-se apreciar cada um com liberdade. O
efeito global é o de liberdade de ser feliz. Talvez
algumas danças sejam inspiradas em temas severos, mas o
dançarinos atuam como se eles fossem o próprio tema. Vida,
amor, esperança são a chave.
A
exposição parece destinada a sucesso.
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